O destino deu um jeito de nos afastar, e também de nos aproximar de outras pessoas. Tentei de N formas te mostrar as maneiras que, mesmo não estando ai, eu estaria aqui para o que você precisasse, e que, apesar do meu jeito esquisito de ser, eu não ia te abandonar. Criei situações hipotéticas de possíveis discussões que poderíamos ter, criei momentos onde eu usava as palavras erradas com a intenção certa e estragava tudo, criei tragédias, finais infelizes, criei um universo paralelo sem você pra me induzir a não botar tudo em risco
. Logo eu, que sempre fui a mais dramática de nós duas, que sempre fui a mais fria, a mais fechada, a mais durona, hoje estou pensando em maneiras de não te perder.
E acho que isso foi o grande responsável por nos afastarmos, o meu jeito. Muitas vezes eu vou dormir chorando, me culpando por não te tratar do jeito que você merece. Me sinto em um beco sem saída: quero sempre ser melhor pra você, mas não encontro maneiras de ser aquela amiga que você merece.
Novas pessoas, novas lembranças, novos lugares, novos momentos, novos rostos... Isso me faz sentir que estou ficando pra trás, que alguém está ocupando o lugar que eu deveria ocupar. O lugar que eu ocupei um dia.
Sinto muito por isso. No fundo eu sei que, querendo ou não, o lugar que eu tenho é só meu. Mas, como minha melhor amiga, você sabe que minha paranóia sempre fala mais alto. Quero te ter por perto sempre, e a simples ideia de um afastamento me assusta. Minha [ex] melhor amiga, obrigada por tudo, e não se esqueça de mim.
