Eu tava quase colocando um ponto final na história. Durante meus banhos repassava várias e várias vezes o por que de eu estar melhor sem você e antes de dormir pensava em motivos pra você ter rompido tudo. Sempre que você aparece na minha mente eu encontro explicações cabíveis de como a gente não ia dar certo - mesmo meu subconsciente me mostrando o triplo de motivos pra tudo funcionar.
Mas ai você vem de novo pra bagunçar minha vida e desorganizar aquilo que estava em perfeita ordem. Logo eu, que não gosto de bagunça e me mantive sempre intacta, me desmontei e saí dos trilhos por você. A confusão de sentimentos que ficou aqui é enorme, e ninguém nunca me deixou tão desajeitada psicológica e emocionalmente como você foi capaz. Às vezes, quando to fazendo uma faxina aqui no meu coração, acho vestígios seus e a saudade me derruba pela milésima vez.
Só não aparece e vai embora do nada, por que quando eu to quase me adaptando a essa confusão (que eu gosto, confesso), você sai e me deixa arrumando tudo sozinha, mais uma vez.
Essas indas e vindas são só mais um preceito pra minha cabeça aumentar em 100000% a paranoia, que já não é pouca normalmente. E nada machuca mais do que o vazio que fica quando só estamos eu e meus pensamentos. Eu te supero, você volta, vai embora, eu supero, você volta, vai embora, em um círculo vicioso que eu sempre percorro sozinha. Se for ficar, fica de uma vez por todas, por que minha criatividade pra inventar os motivos desse seu vai e volta está acabando. E se for sair, sai de uma vez também, por que colocar ponto final machuca menos do que colocar reticências.
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